A mostra Physis - Soma - o corpo, a expressão e a poética do movimento 



 Surge a partir da reflexão focada no corpo em sua inserção na arte contemporânea. Aqui, a plataforma artística ultrapassa as fronteiras miméticas para alcançar uma representação corpórea que se diferencia das noções de beleza, verossimilhança e proporção tão exploradas pelos artistas no século XIX. Artistas como Pablo Picasso, René Magritte, e Francis Bacon, por exemplo, operam com a idéia disforme, apontando para um corpo transfigurado, geometrizado, triturado - um sinal de complexidade poética dp século XX. Por outro lado, o fluxo temporal proposto pela noção imagem/movimento influi decisivamente na transformação do corpo humano. E isso é dado por uma sintaxe, que oscila entre o flexivel e o informe, justamente para expandir paradguimas de leitura de corpo, amiúde vazias de conteúdo, ou banalizadas em nosso mundo globalizado. Esse campo de forças torna-se mais evidente nas obras dos sete artistas desta exposição. Ana Dantas, João Penoni, Cássio vasconcelos, Flavya Mutran, Eduard Fraipont, Regina Silveira e Walter Carvalho
























constroem estratégias visuais que se multiplicam na interseção entre diferentes campos de produção de imagens: a mistura de processos fotográficos tradicionais e artesanais com tecnologias sofisticadas; os retratos fabricados a partir do universo cibernético; o uso da câmera polaroid SX-70 para captar rostos de videoclipes e filmes pornôs; a alquimia da fotografia preto e branco como invólucro do corpo físico; o efeito cinético do movimento corpóreo; o discurso da vídeo-arte que cruza fronteiras disciplinares para dar passagem a novas subjetivações. Instaura-se assim um campo da visão como um sítio de escavação arqueológica (Paul Virílio). Para além dos dispositivos cênicos da mostra, o que está em pauta é a força anárquica da linguagem artística aliada à carga expressiva da subjetividade. Temos aqui uma disssolvência do corpo que, longe dos modelos estáveis, é fruto de indagações filosóficas que conformam a grande aventura da criação.

Angela Magalhães
Nadja Fonseca Peregrino

Curadoras Associadas

Zérró Santos Big Band Project 

Músico paraense brilha em São Paulo há 20 anos




Zérró Santos (José Roberto dos Santos), compositor e contrabaixista brasieiro, nasceu em Belém do Pará, mora há 20 em São Paulo e se tornou uma referência internacional na música instrumental tocando desde os clássicos da Música Brasileira à Miles e Coltrane, dois dos maiores trompetista e saxofonista do jazz, além de tocar suas próprias composições.


Do Pará para o mundo já tocou ao lado de gigantes do samba brasileiro, como Cartola e Elza Soares, e de expoentes internacionais, como a cantora Helen Merrill, o trompetista Handy Bracker e o saxofonista Steve Grossman. Em meados dos anos 80, o músico liderou, no Rio, O Nosso Sexteto (quatro sopros, bateria e contrabaixo). Pouco depois, em 1986, em São Paulo, idealizou e montou A Nossa Filarmônica, composta por 58 músicos e um coral de 42 vozes. A Nossa Filarmônica manteve suas atividades até 1990, quando, impulsionado pelo sucesso da orquestra, o compositor criou, em 12 de dezembro, a Zérró Santos Big Band Project, fundindo temas de jazz com a cadência do samba brasileiro. Nesta trajetória, a big band alterna seu público por diferentes classes sociais, desde casas noturnas até as favelas e fundações beneficentes.


Zérró tem uma pegada eletroacústica literalmente original que vem de berço seu avô era Mestre de Bandas e consertava instrumentos o que lhe aproximou desde cedo à música e à intimidade aos instrumentos musicais os quais toca com versatilidade nos arramjos e surpreende sua postura sonora. É o regente da Zérró Santos Big Band Project, com seus 23 músicos onde a fusão de temas de jazz com a brasileiríssima cadência alucinante do samba consegue atingir a contemporaneidade sem perder a autenticidade. Criada em 12 de dezembro de 1990, que agora dia 27 de maio vai para mais de 900 apresentações, a Zérró Santos Big Band é um maravilhoso e ousado projeto: seis saxofones, duas trompas, quatro trombones, uma tuba, cinco trompetes, contrabaixo, guitarra, sanfona, percussão e bateria, apresentando um repertório que vai das toadas e modinhas até Pixinguinha e Moacir Santos, passando pelo baião, samba ,frevo, choro e maracatu até standards do Jazz.


Zérró é uma das grandes personalidades da música brasileira. Dotado de uma técnica impecável e surpreendente aprumo musical, já atuou ao lado de grandes expoentes da música brasileira e internacional, tais como Leni Andrade, Dorival Caymmi, Miucha, Nara Leão, Nana Caymmí,Danilo Caymmi , Dori Caymmi, Lucio Alves, Zé Ketti, Cartola, João Nogueira, Jamelão, entre outros. Participou de gravações de nomes como Elza Soares, Martinho da Vila, Claudio Nucci e Zé Luiz Maziott,Nana Caymmi entre outros. No cenário internacional, tocou e integrou o trio da cantora, arranjadora e pianista norte-americana Joyce Collins, ganhadora de três Grammy. No encerramento do festival de Jazz de Berlin em 1982, tocou ao lado do Paulo Moura Ensemble no All Star Brazilian. Com os DJs João Ciriaco e Dubs, tocou com um set recheado de jazz, latinos, afro-beats, funk e outras batidas quebradas.


Seguindo os objetivos propostos por Zérró Santos, a Zérró Santos Big Band Project gosta também de se apresentar em concertos didáticos para pessoas carentes, como os meninos da Fundação Gol de Letra, do jogador Raí – “uma performance inesquecível”, segundo Zérró —, para 400 crianças no SESC Pompéia, pelo Projeto Curumim, e na favela Monte Azul, na favela Monte Azul, impressionante a receptividade das pessoas curtindo o som da big band la na comunidade parecia que eu estava tocando num palacio as pessoas totalmente atentas ao som! Esse é Zerró Santos, orgulho do Pará

Assista um pouco do seu trabalho

Zérró Santos Big Band Project TV Cultura 



US - Zérró Santos Big Band Project